segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sózinha?

Este texto surgiu na sequência de uma conversa que tive com uma amiga, que me ligou no domingo para ir passear, porque estava sózinha, triste e infeliz.
Mas estar sózinha não é ser infeliz. A felicidade está dentro de cada um de nós, depende unica e simplesmente de nós e nunca de factores externos. Hoje em dia só está só quem quer, a sociedade tem uma vasta oferta de passatempos, cinemas, bares, discotecas, centros comerciais, locais aprazíveis onde qualquer mulher entra sózinha sem que ninguém ligue....bla...bla....bla...lá ía eu falando "baboseiras" para a animar e também porque não me apetecia sair de casa, verdade seja dita.
E verdade seja dita também, que se existe alguém neste mundo que detesta estar sózinha sou eu. Não gosto e pronto. Não gosto de ouvir o som do nada, do vazio.Não gosto de me ouvir a mim própria, não gosto de ser o único ser articulado dentro de quatro paredes que me rodeiam e onde nada mexe.................
Eu sei que certas pessoas comentam que ando sempre a passear, saio muito, vejo tudo e conheço muita coisa.............., mas não é bem assim. O facto é que eu preciso sair para a rua, ver gente, ver luz, alegria, ouvir vozes e se possivel falar com alguém.
Para quem não compreende bem, estar sózinha, faz lembrar o passado, principalmente quando as noites de Inverno chegam e, em certos dias em que nem eu sei bem porquê, chego a casa, acendo a lareira, sento-me e choro. Tudo o que cai no lume transforma-se em cinzas e, nessas alturas, quem me dera ser cinza para não sentir dor, saudade e lembrança.
As pessoas sózinhas tornam-se dependentes de uma televisão ou de um computador e, passam a ter esses dois objectos como seus únicos e depositários amigos e isso é tremendamente assustador.
Por isso eu disse para a minha amiga e, digo também para quem se sentir nessa situação, " sai porta fora, olha para o céu, vê as estrelas, procura o sol e vai divertir-te, rir, pular e saltar. Escuta o que o vento te diz e procura essa tal de felicidade que tanto queres e pensa que o início deste milénio, além de ser o responsável pelo grande avanço tecnológico, trouxe também profundas transformações nas relações afectivas, revolucionando o conceito de amor e, verás que não estãs mais só.
Felicidades!!!

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