domingo, 14 de junho de 2015

Sou Professora Representante do Ministério da Educação e da Ciência na CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens)
 
 
 
 
E, por ser professora, á já muitos anos, tenho conhecido e convivido com muita gente jovem e tenho analisado que estou diante de uma nova sociedade mais e menos capaz.
 Capaz,  no que respeita a propensões, ao uso das novas tecnologias e no conhecimento do mundo mas, muito mal preparada quanto ao não saber lutar com as suas deceções, ao não enxergar a debilidade da vida.
Estes jovens são uns sofredores e nós somos os culpados, que os disciplinamos e amestramos a crer que nasceram com o património da ventura, quando os deveríamos ter ensinado e criado com o conhecimento do sofrimento e da dificuldade.
Muitos estudaram em bons colégios, aprenderam idiomas, visitaram países estrangeiros, tiveram acesso à cultura e às tecnologias. Estamos perante uma geração a quem demos tudo e que prosperam com o engano de que a vida é simples e fácil.
Muitos destes adolescentes, acreditam que vão encontrar no mercado de trabalho, um patrão ou dirigente condescendente, que consinta tudo, como se de seus progenitores se tratasse. E, como isso claramente não acontece, eles sentem-se apunhalados e injustiçados.
Foram jovens que tiveram tudo, sem precisar de lutar e ignoram que a vida está perpetuamente em edificação, que tem que haver ética e honradez e não cotoveladas, abiqueiradas, apunhaladas e guinchos. A existência para eles não se declara muito estimulante.
E, são muitos os progenitores que pretendem acautelar a felicidade aos seus descendentes, fazendo das tripas coração e protegendo-os, sem esperar reciprocidade e responsabilização.
É como que, quando um filho brota, os pais já são devedores. Pois ao frustrar os filhos, é sinónimo de insucesso pessoal. Mas é possível viver sem deceções?
Ora, a classe média despreza o empenho e opta pela genialidade.
É quase uma injúria dizer que a Maria ou o Manel, é aplicado. Porreiro mesmo, é o “gaijo” que não estudou, passou as noitadas na pândega e entrou no curso de direito. Esforçar-se, é coisa lá para os outros que precisam de afiançar seu lugar na pátria.
E, se dispensarmos um pouco de reparo nos jovens, observamos o semblante pasmado e de tristeza, quando compreendem que a vida não é como os pais lhe anunciaram. Emburram e gemem, porque não sabem que viver inclui admitir determinações e que ninguém alcança na vida, tudo o que deseja.
 
Atualmente, o cargo que eu desempenho há dois anos consecutivos e que muito me agrada, e desejo continuar, é o de Professora Representante do Ministério da Educação e da Ciência na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
 


quarta-feira, 10 de junho de 2015

As mulheres são umas cabras!

Se quisermos recriar um ambiente profissional pautado pelo horror e assédio moral basta colocar um grupo de mulheres a trabalhar juntas. Elas são más umas para as outras. São competitivas, passam rasteiras, não partilham conhecimento, não sabem ceder, não sabem ajudar, lutam entre si pelo reconhecimento profissional junto dos superiores, pisam para tentar chegar mais longe…
Este tipo de conjecturas são ouvidas vezes sem conta, sempre que o assunto é discutir as diferenças entre homens e mulheres no mundo do trabalho. E não raro são as próprias mulheres a assim argumentar. Se ouvir um homem dizer tamanha barbaridade me irrita, ouvi-lo da boca de uma mulher desconcerta-me. Fico mal-disposta. Chego a sentir náuseas.
Regra geral, este tipo de ideias não se baseiam na experiência pessoal mas naquele conhecimento mais difuso a que chamamos senso comum. Trata-se de um conhecimento que é de todos e perdura no tempo, mesmo que haja provas em sentido contrário. Nele abundam preconceitos e estereótipos que moldam a forma como encaramos o mundo e influenciam o que pensamos sobre o que nos rodeia. É difícil fugir disto…
Depois de trabalhar mais de uma década com sete mulheres que entretanto se tornaram grandes amigas suas, Maria continua a dizer que trabalhar com mulheres é um terror. As mulheres são intriguistas e chateiam-se por tudo e por nada, defende ela. Por acaso no seu grupo não é isso que se passa, mas trata-se com certeza de uma excepção, acredita Maria. Tal como Maria muitas outras mulheres e homens pensam desta forma.
Por oposição a este inferno que é um grupo de mulheres a trabalhar juntas, uma empresa só de homens deve assemelhar-se a um paraíso onde reina a harmonia, o companheirismo e a ternura. Imaginemos! Fechem os olhos e visualizem uma empresa de reciclagem (sintam-se livres de pensar noutro ramo de actividade) onde trabalham 26 homens. O que vêem? Um grupo de compinchas onde não há lugar para disputas e intrigas? Um dia-a-dia de trabalho pautado pela entre-ajuda e palmadinhas nas costas? Uma mesa de almoço onde todos comungam da mesma refeição? Uma rede de relacionamentos que extravasa o local de trabalho e se expande para os piqueniques no parque da cidade?  
Se é uma empresa deste género que estão a imaginar tenho de dar-vos os parabéns pela criatividade com que o fizeram. Infelizmente os homens não são todos uns porreiraços e lugares destes só existem na nossa cabeça.
As características que fazem de nós melhores ou piores pessoas, melhores ou piores colegas de trabalho não dependem das nossas características anatómicas. Um par de mamas não transforma ninguém na cabra lá do escritório. Um par de outra coisa qualquer não faz de ninguém o coleguinha do ano.
Estamos muito focados a tentar identificar diferenças entre homens e mulheres onde elas não existem. Na maior parte das coisas somos todos muito parecidos. 
Por Elisabete Rodrigues
Socióloga

segunda-feira, 8 de junho de 2015

The Eagles-Hotel California (Live Melbourne 2005)-720p DTS.mkv


Quando se gosta muito de alguém, perdoa-se

A vida não faz sentido sem perdão

A vida não faz sentido sem afeto


Todos nós, quando estamos apaixonados, tendemos a acreditar que a pessoa amada é perfeita, que ela jamais seria capaz de fazer algo que nos pudesse magoar. Mas isso não é verdade por um único e óbvio motivo: somos seres em evolução e todos, absolutamente todos nós, erramos e magoamos aqueles que mais gostamos ou amamos...

E isso me faz lembrar  uma frase citada no filme Proposta Indecente:
Pensei que fossemos invencíveis.
Mas se ficamos juntos,
Não é porque esquecemos
o que fizemos um ao outro,
E sim porque perdoamos!

Creio que esta seja uma das maneiras de perdoar! Esquecer é impossível, mas perdoar faz parte do amor e do carinho que sentimos por uma pessoa e, acima de tudo, por nós mesmos. Sendo assim, podemos chegar a duas conclusões distintas:
- Ou que merecemos dar mais uma chance porque conseguimos superar um acontecimento desagradável e continuar a relação em nome do amor e da amizade;
- Ou que o melhor é terminar o relacionamento e recomeçar a vida de uma outra forma, pois não nos sentimos em condições de levar adiante algo que já não faz feliz mais ninguém...

Ou seja, perdoar não significa necessariamente continuar juntos, mas significa que o amor pode transcender a raiva e o orgulho e dissolver a incompreensão. Como se conseguíssemos tornar-nos maiores e mais fortes diante da sensação de termos feito a nossa parte, diante da certeza de que demos o nosso melhor e tentamos tudo o que podíamos para nos fazer felizes.

Muitas vezes, o relacionamento acaba, mas o amor o carinho continua pulsando forte. Outras vezes, o amor sucumbe e vai se tornando menor que o desejo de juntar os pedaços, de colar os cacos do que sobrou... E outras vezes, ainda, é preciso morrer para renascer!

Enfim, a vida é feita de ciclos e o Universo é perfeito. Tudo está em seu devido lugar e acontece exatamente como tem de acontecer. Precisamos apenas aprender a aceitar, a receber e absorver a sabedoria divina, por mais difícil que seja - e realmente é. Mas o tempo, o amor e o perdão possibilitam a superação da dor.

Como diz a música que eu não me lembro o autor,
O futuro é uma astronave que tentamos pilotar.
Não tem tempo, nem idade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença, muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar...

E por acreditar nisso, descubro a cada dia o quanto vale a pena acreditar no amor, o quanto podemos ser mais e melhores ao investirmos em nossa capacidade de entender as limitações do outro, de compreender as dificuldades e os deslizes da pessoa querida, mesmo que já não faça sentido continuar com ela... Porque todos nós temos limitações, dificuldades e cometemos erros.

E porque aprendi, certa vez, que todos nós, por mais equivocados que estejamos, sempre tomamos atitudes baseados numa intenção positiva: a de sermos felizes. E o que mais podemos desejar para a pessoa que amamos, senão que ela seja muito feliz?!

Obviamente, desejamos também que as atitudes dela e as nossas sejam dignas, mas sabemos que nem sempre conseguimos e, assim, caminhamos todos em busca da evolução e do amor, precisando perdoar uns aos outros!

 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Apresento as 22 novas palavras que terão que aprender, pois muito em breve passarão a fazer parte do nosso vocabulário

O léxico está sempre a mudar. Há novas palavras que entram no dicionário todos os anos e estas  vêm de um novo inglês que se promete alastrar ao falatório nacional.
Algumas destas novas palavras são impossíveis de traduzir e de manter o sentido original ao mesmo tempo. Outras podem ser adaptadas, mas não têm a força que o inglês original passa. Sempre que possível damos uma versão em português.
A explicação, serve para quando e onde deve usar estes novos “bitaites” com os seus amigos. Vamos lá aprender novas coisas?
1. AFTERCLAP
A última pessoa a bater palmas depois de todas as outras já terem acabado. A palavra junta ‘after’ (depois) a ‘clap’ (aplauso, palmas).
2. AMBITCHOUS (PT: Cabraciosa)
Uma mulher que faz tudo por tudo para ser uma cabra maior que as outras cabras. Uma mulher que faz tudo por tudo para ser uma cabra maior que as outras cabras. A palavra junta ‘ambitious’ (ambiciosa) com ‘bitch’ (cabra).
3. ASKHOLE
Alguém que pergunta muitas coisas parvas, sem sentido e inoportunas. A palavra junta ‘asshole’ (estúpido) e ‘ask’ (perguntar).
4. BEDGASM (PT: Camorgasmo)
Um sentimento de euforia que é experenciado quando aterramos na nossa cama depois de um dia longo e cansativo. A palavra junta ‘bed’ (cama) e ‘orgasm’ (orgasmo).
5. BEERBORADING (PT: Cervejacking)
A nossa tradução para português inclui uma expressão inglesa, mas assenta como uma luva no seu significado: obter informação confidencial de um amigo depois de o embebedar. A palavra junta ‘beer’ (cerveja) e ‘boarding’ (embarcar).
6. CARCOLEPSY (PT: Carrolepsia)
Uma condição que afecta os passageiros que adormecem, mal um carro se coloca em andamento. A palavra junta ‘car’ (automóvel) e ‘narcolepsy’ (narcolepsia, uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono).
7. CELLFISH
O mesmo que phubber. É uma pessoa que está no chat do smartphone e não dá atenção a com quem está fisicamente. A palavra junta ‘cell’ (prefixo de cellphone, telemóvel) e ‘sellfish’ (invejoso).
8. CHAIRDROBE (PT: Roupadeira)
É quando acumulamos roupa numa cadeira, no quarto, em vez de a colocarmos no guarda-vestidos. Às vezes há um banco a substituir a cadeira. A palavra junta ‘chair’ (cadeira) como ‘wardrobe’ (guarda-roupa).
9. COLUMBUSING (PT: Columbismo)
Quando os “brancos” afirmam que descobriram alguma coisa que já existe há dezenas, décadas ou centenas de anos. É uma analogia com a “descoberta” das Índias (Continente Americano) por Cristóvão Colombo. A palavra junta ‘Columbus’ (Colombo) e ‘discovering’ (descobrindo).
10. DESTINESIA (PT: Destinésia)
Quando chegamos a um local onde queríamos ir e nos esquecemos do que íamos lá fazer. Acontece muitas vezes em nas divisões de uma casa. A palavra junta ‘destiny’ (destino) com ‘amnesia’ (amnésia).
11. DUDEVORCE (PT: Amigórcio)
Quando dois melhores amigos acabam a sua amizade. A palavra junta ‘dude’ (calão em inglês para homem/rapaz) e ‘divorce’ (divórcio).
12. EPIPHANOT (PT: Epifanada)
Uma ideia que parece espectacular aos olhos de quem a teve, mas que não passa de uma parvoíce completa. A palavra junta ‘epiphany’ (epifânia) e ‘not’ (não/nada).
13. ERRORIST
Alguém que está sempre a cometer erros ou está sempre errado naquilo que diz. Temos uma tradução muito portuguesa, mas não a podemos escrever. A palavra junta ‘error’ (erro) com o sufixo ‘ist’ (aplicado a pessoas que têm uma qualidade)
14. HIBERDATING
Quando uma pessoa ignora os seus amigos em detrimento da sua namorada ou namorada. A palavra junta ‘hibernation’ (hibernação) com ‘dating’ (encontro amoroso).
15. INTERNEST (PT: Interninho)
Um local especial em nossa casa, muito confortável, cheio de almofadas, onde passamos horas intermináveis na Internet. A palavra junta ‘Internet’ com ‘nest’ (ninho).
16. MASTURDATING
Ir sozinho ao cinema ou a um restaurante.
Ir sozinho ao cinema ou a um restaurante. A palavra junta ‘masturbating’ (masturbação) a ‘dating’ (encontro amoroso).
17. NERDJACKING
Basear a nossa conversa com outra pessoa apenas nos nossos gostos pessoais e tentá-la fazer gostar dessas coisas, mesmo que ela mostre um total desinteresse. A palavra junta ‘nerd’ (marrão/totó) com ‘hijacking’ (sequestro).
18. NONVERSATION
Uma conversa que só nos faz perder tempo, que não serve para nada. A palavra junta ‘non’ (prefixo de ausência) e ‘conversation’ (conversa).
19. TEXTPECTATION (PT: Texpectativa)
A ansiedade que uma pessoa antes de receber uma resposta por SMS ou por outro tipo de chat. A palavra junta ‘text’ (texto) e ‘expectation’ (expectativa).
20. UNKEYBOARDINATED
Quando não conseguimos teclar sem cometer vários erros ou gralhas. A palavra junta ‘keyboard’ (teclado) e ‘unsubordinated’ (insubordinado).
21. UNLIGHTENING (PT: Desaprender)
Aprender uma coisa que só nos faz ficar mais burros. A palavra em inglês significa, literalmente, ‘desiluminar’, em contraste com os “iluminados”, que são os que têm mais conhecimento.
22. YOUNIVERSE (PT: Euniverso)
Uma pessoa que vive centrada em si, o mesmo que egocêntrico, mas a uma escala maior. O seu universo é apenas composto por si. A palavra junta ‘you’ (tu) e ‘universe’ (universo).
Divirtam-se!