quinta-feira, 22 de julho de 2010

Gostar ou não gostar

...eis a questão!


Existem pessoas que não gostam de ninguém! Elas até querem mas não conseguem, porque há sempre algo que as impede - estrada cortada para obras, dor de cabeça, filhos, comida que não gostam, enfim ... um sem número de desculpas .

Quando se gosta de alguém a sério e é disto que falo, não há nada mais importante para nós que a outra pessoa, há sempre um telefonema, uma mensagem ou até uma simples flor roubada no jardim do vizinho.

Quando se gosta de alguém nada nem ninguém nos impede de estarmos  juntos e de nos vermos.

Quando se gosta de alguém, respondemos a uma mensagem de imediato e não no dia seguinte, corremos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com essa pessoa ao corredor do hospital, chamamos os bombeiros e nada nos impede, porque não existe nada nem ninguém tão importante para nós.

Amor, paixão e desejo são parentes muito próximos e não têm regras, o que interessa mesmo é saber que se gosta e que o corpo responde. No entanto há os que dizem " não tem que haver pressa". Ora essa será que é assim mesmo? Não tem? Verdade, verdadinha se quando se gosta o desejo de estar com essa pessoa não é stressadinho? Ora vejamos: Oh senhor saia da frente- que raio, logo agora é que o sinal do semáforo   passou a vermelho- e lá vai mais um cigarro- e as horas a passarem- e feito chico esperto quer-se passar à frente de todos porque está cheio de pressa!!!

Isto é ou não é verdade?

Enfim...gostar é gostar, na verdadeira acepção da palavra, com todos os defeitos e qualidades que o outro possui.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Quer um filho?

Vá à fábrica !
Como ontem não tinha grande sono, liguei a TV já um pouco fora de horas e deparei-me com um documentário sobre " bebés made in Índia " , ou seja, " barrigas de aluguer na Índia".

Pude então verificar como a Índia se tornou num verdadeiro mercado de bebés, dado ao seu baixo custo e fácil aquisição de documentos para o registo dos mesmos.

Com 20 mil euros qualquer ocidental pode ir à fábrica e mandar produzir o seu bebé, só tem que se deslocar à Índia.Digamos que este custo é cinco vezes inferior do que por exemplo nos EUA. Deste modo este país é solicitado pelos americanos, europeus, chineses e até mesmo indianos.

Através da Internet os futuros pais contactam a fábrica, digo, clínica que por sua vez trata de seleccionar a mãe que irá gerar o bebé. É de referir que o óvulo pode ser doado ou da própria " compradora". A fecundação é feita in vitro e implantada no útero "alugado" .

Após esta primeira parte, cada um segue a sua vida....


Entretanto o útero "alugado" vai para um albergue de úteros "alugados" de precárias condições e longe da comunidade, para que esta não saiba que aquela mulher está a gerar um bebé que nunca irá ser seu e não seja reputada de prostituta.

Durante a estadia no albergue, cada mulher recebe a quantia de 20 dólares e tem que partilhar o seu quarto.

Se o bebé sobreviver e tudo correr bem, a mulher recebe 4 ou 5 mil dólares mas, se a coisa der para o torto e a criança morrer, não há dinheiro para ninguém.

O papel da mãe compradora  é de determinar em que dia ela quer que a criança nasça para se proceder à cesariana.


Pois está-se bem a ver que quem lucra e bem com a miséria alheia é a dona do negócio, que lá vai dizendo que o papel da mulher na sociedade é ter filhos, é ajudar as outras mulheres e ainda que o dinheiro irá mudar as suas vidas.


Quanto ao útero "alugado" resta-lhe a dor da perda de seu filho, a vergonha de se ter vendido por dinheiro e caso tenha frigorífico de o ver cheio durante um ano e ainda uma recuperação dolorosa de uma cesariana.

À feliz compradora, resta-lhe uma linda criança de olhos azuis que uma pobre indiana gerou.




Durante este documentário percebi a diferença entre as mulheres que geravam bebés europeus e as que geravam bebés indianos. É triste dizer que algumas destas mulheres viviam disto mesmo, uma delas até já tinha comprado um táxi para o seu marido poder trabalhar e garantir o futuro da família.


Por aqui se conclui que a exploração da pobreza chega aos extremos. Será que o dinheiro compra mesmo tudo? Até a maternidade? De facto qualquer negócio é um jogo para quem não tem nada. O estado de miséria permite tudo.

E é desta forma que nascem belas Cinderelas e encantadores príncipes de olhos azuis, nas mãos da madrasta má.

A forma como tudo isto é tratado cria  indignação a qualquer pessoa com um mínimo de sentimentos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

pátio das cantigas- vasco santana e o candeeiro

Aldeia da Roupa Branca

Um passeio de domingo

Parque biológico da quinta da Paiva

04/07/2010


Domingo. 
Um calor de morrer.
Onde ir?
Até um parque cheio de sombras.


Este parque trata-se de uma quinta cujo espaço multifacetado, ronda os 8 hectares,situado na vila de Miranda do Corvo e tem por objectivo estimular o respeito pela Natureza e a preservação de um ambiente saudável.

Podem-se encontrar por lá algumas espécies de animais, alguns mesmo em vias de extinção, como é o caso do burro.


Este espaço inclui uma quinta pedagógica com animais ligados à agro-pastorícia tradicional.Possui também oficinas de artes e uma loja para onde são canalizados os produtos aí concebidos.


Esta quinta tem a particularidade de empregar pessoas que por razões de vária ordem são vítimas de exclusão social. 


Encontramos também uma pequena porção de terra, dedicada à cultura biológica, feijão verde, tomates, alfaces, etc...

Existe uma piscina que faz a alegria dos mais novos nos dias quentes de Verão,circuitos de manutenção, parque de merendas e campos de jogos.

Apesar de ter ficado um pouco desiludida com a minha visita à quinta ( esperava encontrar mais animais e outras espécies e, em melhores condições), acho que vale a pena passar por lá, dar uma espreitadela,e desfrutar um pouco das sombras dos magníficos verdes que por lá abundam e que nos transmitem alguma paz e serenidade.
A entrada para um moinho de vento ...

Um pequeno museu que por lá se encontra e onde se podem observar várias peças artesanais...

terça-feira, 6 de julho de 2010

A mancha

Olá a todos!
Tenho vindo pouco por aqui, dado a que tenho tido muito trabalho na escola!

Mas, desta vez quero-vos falar sobre algo mais abstracto, " Mancha"...

Ok, ao ler a palavra " mancha" qual será a primeira coisa que vos vem à cabeça?

Uma nódoa na roupa ou uma queimadura na pele?

A nível psicológico, podemos considerar uma mancha uma opinião obscura...

Existem muitos significados, por exemplo na banda desenhada, temos o Mancha Negra...

Temos também as manchas de petróleo no mar...

A mancha pode até considerar-se a quebra de um padrão. Algo que está a mais e, que se destaca contrariando a maioria.
Estarei certa?

Mas a mancha de que vos falo é exemplo disso mesmo. Olhem só a imagem!


Trata-se, nada mais nada menos, que uma " mijadinha" feita por mim, ali mesmo à pressa e na rua, pois estava tão aflita que não resisti mais tempo.
Como se pode verificar, houve uma perturbação de harmonia, de um padrão, embora que, neste caso, temporariamente.