sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Coudelaria Alter Real

Com 261 anos de existência, distingue-se pela casta de cavalos lusitanos, que se evidenciam pela sua cor, beleza e funcionalidade.

Foi fundada em 1748, pelo rei D. João V.
Tem o objetivo de manter o caráter e qualidade do cavalo Lusitano Alter- Real.

















quinta-feira, 30 de agosto de 2012




Idanha-a-Velha

Idanha-a-Velha é uma freguesia portuguesa do concelho de Idanha-a-Nova, com 20,98 km² de área e 63 habitantes (2011). Densidade: 3 hab/km². É uma das Aldeias Históricas de Portugal.
Toponomicamente, Idanha-a-Velha poderá derivar da denominação romana Civitas Igaedinorum, terminologia que viria darIgeditania. O nome Egitania só surge em documento do século VI e deriva da forma visigórica Egitania e da forma árabe Idania.

























Medelim - a aldeia dos balcões


Medelim é uma freguesia portuguesa do concelho de Idanha-a-Nova.
Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 492 habitantes.
É designada como a Aldeia dos Balcões. Ao todo a aldeia de Medelim tem mais de 200 balcões. O sitio da Cãmara Municipal de Idanha-a-Nova refere 216. Normalmente são escadas de lajes grandes, em granito que dão acesso à principal entrada da habitação. No passado, o espaço interior do balcão era aproveitado para guardar animais.
Rua da Judiaria
Até ao século XVI, viveu, nesta Freguesia, uma comunidade judaica. Viviam na actual Rua da Judiaria. Algumas das casas revelam o modo de vida dessa comunidade.
A romaria da Freguesia de Medelim é a festa do Senhor do Calvário, no último fim-de-semana de Agosto e realiza-se no santuário, um dos locais mais conhecidos.








Penha Garcia

Considerado por muitos o "presépio" da Beira, Penha Garcia situa-se na encosta da Serra com o mesmo nome, ramificação da Serra da Malcata e na margem direita do rio Pônsul.

Trata-se de uma povoação muito antiga, com povoamento neolítico, foi castro Lusitano e povoação Romana. Depois da Reconquista, D. Afonso III atribui-lhe foral e doa Penha Garcia à Ordem de Santiago para que esta efectuasse a fortificação da zona. Tal não veio a acontecer e D. Dinis retira-se dessa ordem a favor da Ordem do Templo e posteriormente, para a Ordem de Cristo. Foi couto do reino e de homiziados, até ao séc. XVIII e sede de concelho até 6 de Novembro de 1836.

Do castelo, edificado pelos Templários sobre o castro romano, restam fragmentos de muralhas em bom estado de conservação. A partir daqui, desfruta-se de uma vista sobre toda a campina Raiana, barragem e Vale Feitoso, que de certo jamais esquecerá.

As ruas labirínticas compostas por pequenas casas de xisto e de gorrão estão cobertas de flores. O Pelourinho do reinado de D. Sebastião, o canhão que jaz à soleira da porta, a Igreja Matriz que guarda no seu interior uma verdadeira jóia - a imagem de Nossa Senhora do Leite (de 1469) esculpida em calcário de ançã, o esplêndido pão caseiro e os bolos de azeite (bicas), são outros dos atractivos desta bonita freguesia.

As fragas da Serra de Penha Garcia são um verdadeiro oásis para os paleontologistas, geólogos e apaixonados da natureza pois, facilmente encontramos inúmeros fósseis marinhos. A água da barragem de Penha Garcia é de excelente qualidade e é uma das que abastece todo o concelho.













AS TERRAS DE RIBA-CÔA

Sabugal

É hoje uma das aldeias históricas de Portugal, integrada desde 2011 num parque de aerogeradores.
O Castelo (ou cidadela), no estilo românico e gótico, com intervenções manuelinas, encontra-se na cota de 760 metros acima do nível do mar, interrompendo a cerca da vila a Sudeste e desenvolvendo-se para o seu exterior. Acedido por umaescadaria, os seus muros apresentam traçado ovalado irregular percorridos no topo por adarve com remate biselado eseteiras cruciformes. São rasgados por duas portas:
§  a Porta do Castelo, a Nordeste, em arco pleno, com ombreiras parcialmente entalhadas no afloramento rochoso, é encimada por balcão misulado com mata-cães (conhecido como “Varanda de Pilatos”) ao lado do qual se inscrevem as armas de D. Manuel I;
§  a Porta Falsa do Castelo, a Sul, com lintel reto e umbrais oblíquos.
No interior da praça de armas localiza-se a cisterna de planta quadrangular e, na parte mais elevada, ao centro, a Torre de Menagem, também de planta quadrada, com um só pavimento. Esta apresenta embasamento escalonado, com uma porta rasgada a Sul, de lintel reto com umbrais oblíquos encimada por arco de descarga de volta perfeita, assim como três seteiras nos demais alçados. É encimada por merlões retangulares com coroamento piramidal.
A cerca da vila apresenta um traçado ovalado irregular, engastada em afloramentos rochosos de granito (inacessível pela vertente Sul), desprovida de merlões. Esta cerca é rasgada por quatro portas:
§  a Porta da Vila ou Porta do Concelho, a este, em arco quebrado e coberta com abóbada concordante, acedendo o chamado largo do Curro, um terreiro em torno do qual se dispõe a malha urbana da vila medieval, acompanhando as curvas de nível do perfil topográfico da escarpa;
§  a Porta Nova ou Porta Nova da Vila, a oeste, em arco pleno com abóbada de berço, exibindo ainda as medidas padrão da vara e do côvado;
§  a Porta Falsa, a nordeste, em arco quebrado, entaipada na reforma seiscentista; e
§  outra Porta Falsa, a sudeste, junto ao castelo, destacando-se pela presença do arco ultrapassado no lado exterior e arco pleno no lado interior.
O perímetro defensivo urbano integra a chamada Torre do Facho, localizada a Nordeste, muito perto da Porta Falsa. Esta apresenta planta quadrada, com embasamento escalonado e desprovida de vãos. No cunhal Sudeste, junto à Porta da Vila, eleva-se sobre o adarve um pequeno torreão ou vigia, de planta circular e coroamento cônico. Nesta torre foi erguido um marco geodésico, assinalando o ponto mais elevado da região, com a cota de 773 metros acima do nível do mar.


 -Castelo de Sabugal ou Castelo das Cinco Quinas.D.Dinis-1296-.Torre de menagem pentagonal com 30 metros.

ALDEIA HISTÓRICA DE SORTELHA

(Concelho de Sabugal - Distrito da Guarda)

Uma emoção para os sentidos e uma das aldeias mais lindas de Portugal. Assente no granito, tudo ali é de granito: casas, igreja, castelo, empedrado das ruas rasgadas no próprio granito. O seu nome perde-se na noite dos tempos. Talvez Sortelha venha de Sorte, palavra medieval.
Seu Pelourinho remonta ao séc. XVI e é de estilo Manuelino.






terça-feira, 28 de agosto de 2012


Aldeia do Bispo



Um dia de férias passado na Aldeia do Bispo, para assistir a um magnífico espetáculo “ Capeia arraiana”.

Aldeia do Bispo
Trata-se de uma aldeia arraiana e agrícola, cujos naturais são conhecidos por “ labregos” e “ lagarteiros”, situada a poucos Km do Sabugal. Possui cerca de 200 habitantes e é notória uma forte vontade dos mais jovens em recuperar as casas, mantendo, a traça antiga das mesmas.
E, foi numa destas humildes e magníficas casas recuperadas, que a bela Daniela e sua linda família nos receberam, com um almoço bem caprichado, para o qual eu deixo os meus parabéns.
Tarefa difícil é a minha, para conseguir expressar o conjunto de sensações e sentimentos que vivi neste dia. A dona da casa e toda a família foram de uma atenção e simpatia sem limites e por isso resta-me apenas deixar um grande xi coração e MUITO OBRIGADA por tudo.



Aqui tivemos o prazer de assistir a uma capeia arraiana, ou seja, uma corrida de touros, cuja origem surgiu em terras de Ribacôa, nas aldeias da raia (espanhola). È considerada património etnográfico, com caraterísticas únicas no mundo. Trata-se de tradição com raízes ancestrais, cuja festa começa logo pela manhã, com um verdadeiro êxodo de motos, 4x4, tratores, bicicletas, cavalos…para quê? Para ir buscar os touros alugados para tal evento, que atravessam a estrada nacional 332, fechada ao trânsito, para o efeito e, se dirigem para a porta da praça, onde entram os touros e cavaleiros.
 Podemos também observar os rostos dos espetadores empoleirados nas cancelas, com seu ar de impacientes para ver passar o tropel na expetativa de que nenhum touro se escape.











Eis que surge o tão esperado momento – ENCERRO- a entrada dos touros e cavaleiros na praça ou largo do corro, acompanhada de gritos por parte dos espetadores. Os touros entram ao monte e as portas pesadas se fecham, ao acompanhamento de um forte coro de palmas e gritos de encorajamento fazem-se ouvir.
Os touros sacodem a cabeça em atitude de desafio e provocação. As portas dos curros abrem-se e os touros são forçados a entrar no curral, o que pode demorar horas. Novamente se faz ouvir o estridente bater de palmas.





Terminado o encerro os ânimos acalmam por alguns instantes, pois dentro de momentos terá lugar a Prova, onde será avaliada a valentia dos touros, através da lide de um exemplar.



A porta do curro é aberta para o touro entrar na arena, que corre com toda a fúria e em todos os sentidos. É aqui que lhe é apresentado o FORCÃO, onde o animal revela a sua casta em poucos minutos e a multidão aplaude.




 Segue-se o almoço por volta das 13 horas. A capeia arraiana é uma verdadeira festa, pois os vendedores ambulantes instalam-se junto à praça, provocando uma mistura de odores de fumo e carne grelhada com os que provêm das casas de aldeia.
Após o almoço a festa continuou com o PEDIDO DA PRAÇA com a entrada de um tamborileiro na arena, montando cavalos ornamentados. Surgem em fila indiana os mordomos com os seus acessórios típicos: uma espécie de lenços bordados sobre os ombros.





Cerca de 30 homens entra na praça e pega no forcão- instrumento de lide dos touros, com mais ou menos 300 Kg e de forma triangular. É feito com troncos de carvalho e pinho.

















O que este tipo de animação tem de positivo para mim, é que o touro não é picado nem abatido e no final não há vestígios de ferimento nem de sangue.

5 ou 6 touros correm de igual modo. Eis que surge o momento culminante da corrida- desencerro – os touros voltam aos campos escoltados pelos cavaleiros que participaram no encerro.