terça-feira, 26 de agosto de 2014


VIAJAR EM TEMPO DE FÉRIAS

Não importa se VIAJAR É VIVER OU SE VIVER É VIAJAR, eu gosto de viajar e nada melhor que as férias para o fazer e uma boa companhia que fez um  "grande sacrifício em me aturar" e a quem eu muito agradeço todos os bons e maus momentos vividos juntos, pois sem esta magnífica pessoa eu não teria percorrido quase todos os cantos do nosso belo Portugal.
A experiência e a cultura que se adquirem a viajar não tem preço. O contato com outras pessoas, terras, usos e costumes, são muito gratificantes e de uma imensa riqueza. Refiro-me à riqueza humana em estado limpo, do tipo que acrescenta à nossa vivência uma experiência nova, memórias que enriquecem a história da nossa existência, imprimindo marcas inesquecíveis.  
Quando passeamos pelas ruas de uma cidade desconhecida, ou quando simplesmente respondemos com um sorriso sem que sejam necessárias palavras para nos fazer entender, plantamos novas sementes do mais puro conhecimento, daquele que não se aprende nos livros e que nos imprime uma inquietude insistente, uma sede insaciável por muito mais!

Viajar é viver! Viver novos mundos, novas gentes, novas memórias...

“O Mundo é um imenso livro do qual, aqueles que nunca saem de casa leem apenas a primeira página...”

Aqui partilho convosco algumas imagens da minha viajem de férias no sentido de despertar nos meus visitantes a semente da paixão pela descoberta e pela aventura. Estas imagens referem-se ao Alentejo onde se viaja com e pela história, onde abunda um imenso património, onde se encontra magia em todos os lugares que percorremos.
Viajar pela paisagem alentejana, observar a qualidade do seu património arqueológico, monumental, arquitetónico e etnográfico, a par da excelência gastronómica e dos seus vinhos, é qualquer coisa de absolutamente extraordinário e fascinante.

Sejam bem-vindos! E viajem, vivam! 
Primeiro dia:
Barragem de Montargil - A albufeira da barragem é muito utilizada na prática de desportos náuticos e na pesca desportiva.
 

 
 
O Fluviário de Mora situa-se na freguesia de Cabeção, é constituído por um conjunto de aquários e espaços envolventes que permite observar as diferentes espécies animais e vegetais que vivem em rios. Possui mais de meio milhar de peixes de 55 espécies diferentes e foi inaugurado em 21 de Março de 2007
 


 

Castelo de Montemor O Novo - este castelo é o recinto original da Vila Medieval de Montemor O Novo e foi conquistado aos Mouros por D. Afonso Henriques



 
 
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 Álcaçovas - Jardim das conchas
 
 
 
 
 
 
Ao longo dos séculos o Alentejo tem sido uma das principais regiões de pastorícia do país. Associado  a esta atividade surgiu o chocalho em metal que produz um som caraterístico com o objetivo de facilitar e localizar o gado disperso pelas pastagens. Os chocalhos  pardalinho encontram-se patentes ao público dentro do interiorr do castelo de Viana do Castelo.
 

 




 
 
 
Castelo de Viana do Alentejo -Arquitectura militar. Gótica. Monumento típico da arquitectura militar da fase alentejana da reconquista e repovoamento, embora em cota relativamente mais baixa do que os seus congéneres como Portel.
 

 
Pelourinho existente no intramuros do Castelo de Viana do Alentejo. Trata-se um uma belíssima obra de arte esculpida em granito com detalhes em relevo e de fino recorte.


 

Igreja Matriz de Viana do Alentejo - monumento religioso localizado dentro do Castelo de Viana do Alentejo, sendo uma das suas paredes adjacente à muralha do mesmo. Foi edificada no século XVI, em estilo Manuelino. Destaca-se um soberbo portal manuelino em mármore.

 


 

 
 
Fonte da Praça - é constituída por uma vasada em caixa de dois arcos plenos, geminados, repousando em esbeltos fustes de capitalação coríntia e bases flóricas
 
 
Segundo dia:

Beja - Beja é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Beja, na região Baixo Alentejo.

Passo a contar



A Lenda de Beja


«Há muitos, muitos anos atrás, no local onde se encontra hoje a cidade de Beja, vivia um pequeno povo em cabanas de colmo.

Todos os campos lavrados e semeados que hoje avistamos, em redor da cidade de Beja, eram em tempos longíquos um grande matagal, onde o homem, em alguns sítios, quase não conseguia entrar. Assim, o povo que aqui habitava sobrevivia da caça que fazia na vasta floresta, que albergava um grande número de animais.
Entre os animais que viviam nesta grande floresta, havia uma serpente monstruosa, maior do que podemos imaginar. Esta serpente gigante percorria todo o matagal que existia em redor da pequena povoação, devorando e destruindo tudo o que encontrava no seu caminho.
Os habitantes viviam em constante sobressalto, pensando no dia em que poderiam encontrar nas suas caçadas a terrível serpente que, sem dó nem piedade, os devoraria num abrir e fechar de olhos, aliás, o que já acontecera a algumas infortunadas pessoas que saíram para as suas caçadas e nunca mais voltaram.
Mas certo dia, um dos habitantes desta pequena povoação, conhecido pela sua coragem e mestria na resolução de problemas, teve uma brilhante ideia: envenenar um toiro e deitá-lo para a floresta onde existia a tenebrível serpente.
Este valente homem reuniu o povo e explicou a sua ideia de envenenar um toiro e levá-lo para a floresta, onde seria certamente devorado pela serpente, que morreria envenenada ao comer o pobre animal. Depois de um longo debate, todos concordaram com esta arriscada ideia.
Então, envenenaram um robusto toiro, que era visto esperançosamente como o salvador desta amedrontada gente, e partiram para a arriscada tarefa de colocá-lo na grande e perigosa floresta, onde a monstruosa serpente costumava fazer as suas vítimas.
Com muito custo, lá conseguiram deixar o toiro na floresta. Contou que ouviu que, entre a serpente e o toiro, ainda houve uma tremenda luta, pois o toiro ainda estava vivo quando fora encontrado pela horrenda serpente. Mas o toiro foi vencido pelo efeito do veneno e foi devorado pela gigantesca serpente.
Passados alguns dias, a serpente foi encontrada morta ao lado dos restos do toiro salvador.
Diz-se então que a cabeça de toiro que se encontra no brasão da cidade de Beja originou desta lenda e representa também a riqueza da região em cabeças de gado»

A partir de: «Lendas e Mistérios do Alentejo»
 

Parque de campismo de Beja - onde nos instalámos da melhor maneira possível. Fica situado numa das artérias da cidade, apresenta imensas sombras de modo a proporcionar por quem ali passe uma boa estadia em contato com a natureza , tem também boas instalações sanitárias, embora muito antigas, onde a água quente não abundava.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

                                                   
 
             
 
Castelo medieval





 
 
 
 
 
 
 
 A subida para o castelo
 
 
Igreja de Nossa Senhora da Piedade - Situada no interior do Hospital Grande Nossa Senhora da Piedade, mandado construir em 1490 por D. Manuel, Duque de Beja, sofreu profundas alterações ao longo dos tempos. O interior é revestido de talha dourada, sendo de realçar o altar-mor e as grandes telas de escola italiana.
 
 
 



 
 Igreja do Salvador - cuja fundação remonta ao século XIII. Contudo as remodelações sucessivas de que foi sendo alvo não deixam antever nada desse período. A fachada principal é sóbria e de alvenaria.
 
 
 Ermida de Santo André - Monumento Nacional - O atual edifício insere-se na tradição construtiva gótico-mudéjar. O templo terá sido construído em finais do século XV ou princípios do XVI, eventualmente sob a ação mecenática de D. Manuel. Trata-se de um tipo de construção que encontra alguns paralelismos na região do Alentejo.


 Convento Nossa Senhora da Conceição - Monumento Nacional- O  Convento de Nossa Senhora da Conceição foi fundado por ordem dos primeiros duques de Beja, D. Fernando e D. Brites, pais da Rainha D. Leonor e do Rei D. Manuel, e foi um dos mais ricos conventos do sul do país. Nos finais do século XIX e inícios do século XX, a cidade de Beja foi palco de grandes destruições patrimoniais e deste antigo convento sobreviveu apenas a igreja, o claustro, a sala do capítulo e divisões adjacentes. Atualmente, encontra-se ali instalado o Museu Regional de Beja (Museu Rainha D. Leonor) cujo espólio é composto por importantes coleções, destacando-se as de azulejaria, arte sacra, pintura e arqueologia. 

 
E foi neste espaço que decorreram as festas de Beja e que foram assim:
 
 

 
 
A capela estava toda iluminada ... parecia Natal...
 
 As ruas brilhavam
 
 O fogo surgiu do terraço do convento e as pessoas estavam felizes. Um dos cantores era mesmo lá da terra. Tive a sensação de ter recuado no tempo 40 anos atrás, tempo em que ia aos arraiais da aldeia com a minha avó, onde toda a gente rodopiava e dava ao chinelo.
Janela manuelina - dos inícios do século XVI, com estrutura amainelada e arcos polilobulados. Oriunda da quinta do castelo, foi reaproveitada  numa casa particular  dos Pereiras e Lacerdas. Janela de grande riqueza decorativa.
 
 
 
 
 Igreja da Misericórdia - Arquitetura religiosa, renascentista, maneirista, onde de encontrava patente ao público uma exposição de artesanato.
 




 
 
 
 
 














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