quarta-feira, 26 de setembro de 2012


 ENFANTS DE LA PATRIE!!!!
 
Isto é o que fez François Hollande (não palavras mas... actos) em 56 dias de governo e no cargo de Presidente.
Tal facto tem sido escondido pela imprensa portuguesa que não faz qualquer referência para que os portugueses não façam comparações entre o que é feito como prometido pelos socialistas franceses com o que o nosso regime não faz, apesar da exaustiva promessa eleitoral em que iria abater as "gorduras".
Os dados que aqui constam são oficiais, e foram traduzidos do jornal Le Monde :

 - Suprimiu 100% dos carros oficiais e mandou que fossem leiloados; os rendimentos destinam-se ao Fundo da Previdência e destina-se a ser distribuido pelas regiões com maior número de centros urbanos com os suburbios mais ruinosos.
- Tornou a enviar um documento (doze linhas) para todos os órgãos estatais que dependem do governo central em que comunicou a abolição do "carro da empresa" provocativa e desafiadora, quase a insultar os altos funcionários, com frases como "se um executivo que ganha ¤ 650.000/ano, não se pode dar ao luxo de comprar um bom carro com o seu rendimento do trabalho, significa que é muito ambicioso, é estúpido, ou desonesto. A nação não precisa de nenhuma dessas três figuras ". Fora os Peugeot e os Citroen. 345 milhões de euros foram salvos imediatamente e transferidos para criar (a abrir em 15 agosto de 2012) 175 institutos de pesquisa científica avançada de alta tecnologia, assumindo o emprego de 2.560 desempregados jovens cientistas "para aumentar a competitividade e produtividade da nação."

- Aboliu o conceito de paraíso fiscal (definido "socialmente imoral") e emitiu um decreto presidencial que cria uma taxa de emergência de aumento de 75% em impostos para todas as famílias, líquidas, que ganham mais de 5 milhões de euros/ano. Com esse dinheiro (mantendo assim o pacto fiscal) sem afetar um euro do orçamento, contratou 59.870 diplomados desempregados, dos quais 6.900 a partir de 1 de julho de 2012, e depois outros 12.500 em 01 de setembro, como professores na educação pública.

- Privou a Igreja de subsídios estatais no valor de 2,3 milhões de euros que financiavam exclusivas escolas privadas, e pôs em marcha (com esse dinheiro) um plano para a construção de 4.500 creches e 3.700 escolas primárias, a partir dum plano de recuperação para o investimento em infra-estrutura nacional.

- Estabeleceu um "bónus-cultura" presidencial, um mecanismo que permite a qualquer pessoa pagar zero de impostos se se estabelece como uma cooperativa e abrir uma livraria independente contratando, pelo menos, dois licenciados desempregados a partir da lista de desempregados, a fim de economizar dinheiro dos gastos públicos e contribuir para uma contribuição mínima para o emprego e o relançamento de novas posições sociais.

- Aboliu todos os subsídios do governo para revistas, fundações e editoras, substituindo-os por comissões de "empreendedores estatais" que financiam acções de actividades culturais com base na apresentação de planos de negócios relativos a estratégias de marketing avançados.

- Lançou um processo muito complexo que dá aos bancos uma escolha (sem impostos): Quem porporcione empréstimos bonificados às empresas francesas que produzem bens recebe benefícios fiscais, e quem oferece instrumentos financeiros paga uma taxa adicional: é pegar ou largar.

- Reduzido em 25% o salário de todos os funcionários do governo, 32% de todos os deputados e 40% de todos os altos funcionários públicos que ganham mais de ¤ 800.000 por ano. Com essa quantidade (cerca de 4 mil milhões) criou um fundo que dá garantias de bem-estar para "mães solteiras" em difíceis condições financeiras que garantam um salário mensal por um período de cinco anos, até que a criança vá à escola primária, e três anos se a criança é mais velha. Tudo isso sem alterar o equilíbrio do orçamento.
Resultado: Olhem que SURPRESA:
- O spread com títulos alemães caiu, por magia, não se faz isso a uns pobres como os alemães, aliás deve-se alimentar a máquina de produção de riqueza deste país;

- A inflação não aumentou;

- A competitividade da produtividade nacional aumentou no mês de Junho, pela primeira vez nos últimos três anos.
 Portanto, as promessas eleitorais estão a ser cumpridas na íntegra, passo a passo. E é assim que tem de ser, mas só possível com gente de carácter e que honra a sua palavra dada ao povo antes do dia das eleições. Nem vou comparar os 56 DIAS de François Hollande com o que por cá foi feito em UM ANO .
 Quem não se lembra de ler e ouvir nos Media europeus as palavras com que foi brindado o François Hollande, um perfeito arauto da desgraça da França e consequentemente o coveiro da europa.
 Tinham razão, todos sabiam que este senhor ia acabar com a pouca vergonha do compadrio que reinava e que tinha ideias próprias. Está provado à saciedade que é fácil governar desde que se tenham Big Balls Steel para se afastarem das organizações financeiras e dos Lobbies que dominam o mundo!

1 comentário:

Mateus disse...

Bom artigo! É pena haver só um François Hollande neste "velho mundo", a Europa.