BOAS MANEIRAS
Para ter boas-maneiras à mesa não me
parece suficiente usar apenas de "bom senso". Por exemplo, o bom
senso lhe dirá que não se toma o pratinho de pão do conviva que está ao seu
lado. Mas, para não fazer isto, é necessário que você conheça a regra de
Etiqueta que diz qual é o pratinho que lhe pertence. Engana-se quem pensar
que é o do lado direito "porque você come com a mão direita". Nesta
página coloco algumas dessas regras básicas de Boas-maneiras e Etiqueta à
mesa, que acredito serão úteis aos educadores da Educação Continuada, aos
autodidatas, e aos Orientadores Educacionais das escolas.
Comensal e conviva. Palavras para designar aquele que está à mesa de refeição. O Dicionário
do Aurélio diz que comensal vem do latim Comensale, e significa
“cada um daqueles que comem junto”. Conviva, segundo o mesmo dicionário, vem
do latim Conviva, e designa
“Pessoa que toma parte, como convidada, em banquete, almoço, jantar; etc”. Me parece, portanto,
que as pessoas que moram sob o mesmo teto são melhor designadas por
comensais, mas serão chamadas tanto convivas como comensais as que estão à
mesa como convidadas a uma recepção.
Lugares à mesa. Somente o
dono da casa – o anfitrião –, ou a dona da casa – a anfitriã –, ocupam as cabeceiras da mesa (na
disposição à inglesa) ou o centro (na disposição francesa). V.p.f. a página Lugares à mesa.
Início da refeição. Quando o empregado encarregado de supervisionar o jantar avisa que a mesa
está posta, esta informação é para a anfitriã. Os convidados esperam o
convite que ela fará para que se dirijam à mesa de jantar, ou ao bufê,
conforme o caso. Forma-se naturalmente um cortejo em que ela passa à frente acompanhada do
convidado de honra, e seu marido, como anfitrião, acompanhado da convidada de
honra. Os demais seguem pela ordem de --precedência segundo um protocolo
nas receções formais, ou pelo simples reconhecimento das pessoas mais
importantes, ou de mais idade – e por fim os mais jovens. Não se deixa
de atender ao primeiro chamado dos anfitriões para a mesa, levando-os a
assumir um tom de súplica para que os convidados tomem os seus lugares ou que
iniciem o bufê.
Não se servir antes do anfitrião. Ao sentar-se à mesa no lugar que lhe for indicado, o convidado pode logo
tirar o guardanapo do prato e colocá-lo em posição, mas não pode começar a se
servir antes do anfitrião ou da anfitriã, e antes que os convidados já
estejam em boa parte servidos. Numa mesa de menos dez pessoas, espera até que
todos estejam servidos para começar a comer. Tratando-se de longas mesas com
várias dezenas de convivas, espera que perto de dez estejam servidos, para
começar.
Tomar assento. Durante uma refeição poderão surgir várias oportunidades para os homens
demonstrarem atenção e deferência com as senhoras presentes. Uma delas está
no momento de tomar assento à mesa, quando devem auxiliar as senhoras a
sentar-se, afastando a cadeira para lhes dar espaço e depois ajudando-as a encontrar a posição mais cômoda à borda da
mesa. Como o anfitrião prestará essa gentileza à convidada de honra à sua
direita, o homem que está no assento seguinte também auxiliará a senhora à
sua direita, e o mesmo farão os demais. Algumas observações pertinentes a
deferências quanto a lugares à mesa estão em minha
página Lugares à mesa.
Posição à mesa. As cadeiras à mesa do jantar já facilitam a postura certa para a pessoa
sentar-se à mesa: elas têm encosto reto, e assento curto. O comensal deve se
sentar com a cabeça e o tronco em posição quase vertical, sem excessiva
rigidez porém evitando
sentar-se com as costas curvadas, e inclinar-se sobre o prato. Deve descansar
os pés sobre o piso, sem apoiá-los nas travas frontal
ou laterais da cadeira, por uma perna sobre a outra, e
jamais afastar a cadeira para cruzar as pernas colocando o tornozelo de
uma sobre o joelho da outra, ou balançar a cadeira inclinando-a para trás.
Propriedade no uso dos talheres. Ao ver o
grande número de talheres colocados na
mesa junto ao prato, a pessoa pode recear se confundir. Mas há uma regra
geral bem simples. O talher a ser usado é o que está mais afastado do prato.
Alguns talheres poderão ser retirados pelo garçom ou substituídos por outro
de modelo diferente, e isto dependerá do prato escolhido para a refeição.
Porém ele os colocará na mesma ordem. Apesar dessa regra simples, é
conveniente a pessoa procurar conhecer os vários tipos de talheres e a quais pratos seu uso se relaciona, a fim de poder proceder com mais
desembaraço.
Ao usar a colher para tomar sopa ou um caldo, o comensal a movimenta na
direção do centro da mesa, no sentido da borda do prato mais afastada, e não puxando-a para si. Toca
com os lábios a lateral da colher, sem colocá-la
inteiramente na boca. Evita aspirar
ruidosamente o caldo.
Ao cortar, deve-se fazer com a faca um movimento de vai e vem e não forçar
o corte vertical, para que a faca não
colida ruidosamente com o fundo do prato.
Ao finalizar um prato (quando se trata de uma refeição servida sentada,
os talheres devem ser deixados paralelos sobre o prato, na posição 3 ou 4 hs., e não cruzados, nem apoiados apenas pelas pontas na sua borda. Os talheres.
O guardanapo. Após sentar-se, o primeiro gesto é tomar o guardanapo e estendê-lo no
colo, de uma perna à outra. Jamais é preso entre os botões ou colarinho da
camisa, sobre a gravata, nem no decote do vestido. Ao final da refeição, deve ser colocado do lado direito do prato (note-se
que antes do uso ele se achava à esquerda) dobrado casualmente e não
caprichosamente, como se fosse para novo uso.
O prato. Não se
inclina nem se gira o prato, procurando posição para comer ou para se servir.
O prato é mantido na posição em que é colocado diante do comensal. Apenas as
taças podem ser movidas. A taça de consomê pode ser levada aos lábios com o uso de
suas alças, ainda que o convidado tenha começado utilizando-se da colher. Não
se inclina o prato de sopa para tomar o que resta. Não se mistura a comida do
prato. Recolhe-se com o garfo porções dos vários ingredientes, sem
misturá-los previamente.
Conversação. À mesa, procura-se conversar tanto com o
seu vizinho da esquerda quanto da direita, e com os convivas à sua frente.
Preferencialmente procura-se participar do interesse geral pelo que dizem o
anfitrião e a anfitriã, em atitude atenta sem ser tensa ou ansiosa. Não se por alheio ao que ocorre à mesa, ocupada em amassar miolo de pão, brincar
com os talheres ou algum outro objeto..
Não se faz comentário negativo sobre a comida ou o vinho servidos, nem
comparações desfavoráveis entre o que é servido e o que se saboreou em outras
ocasiões, mesmo que à mesma mesa.
Manter bom humor, atenção amável e interesse na conversação, sempre
incluindo os anfitriões, seja com o olhar, seja ouvindo com respeito suas
opiniões. Não falar alto nem com
entusiasmo ou otimismo excessivos. Cuidado com os efeitos das bebidas e
do café. Veja também
Conversação.
Os cotovelos. Não colocar os cotovelos sobre a mesa é um preceito bastante conhecido.
Cotovelos sobre a mesa enquanto mastiga, principalmente com o garfo e a faca
nas mãos, compõem uma péssima postura à mesa. Apenas as mãos e os punhos
podem apoiar-se sobre a mesa enquanto a pessoa come. Ao utilizar a faca e o
garfo para cortar, mantenha os cotovelos próximo do
corpo, para evitar tocar o vizinho de mesa Após os discursos e brindes, se
houver, ou se não, a partir da sobremesa, durante o cafezinho e os licores, é
tolerável uma postura menos formal e a atitude pode ser um pouco mais à
vontade.
Uso das mãos. Usam-se as
mãos com propriedade, conforme o estilo de comer que for adotado. Os franceses
adotam ter ambas as mãos sobre a mesa, a esquerda
segurando o garfo, a direita segurando permanentemente a faca. Os ingleses,
que usam ambas as mãos apenas no momento de cortar a carne, mantêm a mão
esquerda no colo, quando ela não está ocupada em cortar com o talher.
Pão e manteiga. O pão é colocado no pratinho de pão, se houver, ou
diretamente sobre o forro da mesa. Ele não é posto no prato de comer. O pão é
partido e levado à boca com as mãos. Não se corta o pão com a faca, mesmo que seja um pão especial (pão de queijo,
pão de batata, etc.). Si un couteau
est placé près du beurrier, utilisez-le pour mettre une noisette de beurre
sur votre assiette. Ensuite vous tartinerez votre pain avec votre propre
couteau.
Falar enquanto come. É necessário saber falar enquanto se está comendo. Não falar com a boca
cheia, e não mastigar com a boca aberta, e não mastigar ruidosamente são preceitos bastante conhecidos. Poucas palavras e frases curtas quando se
tem comida na boca, e interromper a refeição quando tiver que ser mais
extenso, deve ser a regra. Falar enquanto come pode induzir a pessoa a
engolir muito ar, resultando dores no estômago e no peito, além de outros
inconvenientes. A pessoa deve manter os talheres na mão: garçons
inexperientes costumam retirar o prato de quem descansa os talheres enquanto
fala.
Repetir pratos. Nas refeições informais e no caso do bufê, não há restrição para se
repetir um prato. Porém, quando estão previstos vários pratos na ordem
própria de uma refeição completa servida à
francesa, somente se repete um prato se o garçom oferecer uma segunda vez. Caso contrário, não se pede para repetir
a sopa ou qualquer dos pratos. Em uma refeição completa um prato completo
o precedente, de modo que a fome não será aplacada com o primeiro deles, mas
somente ao fim da refeição, incluída a sobremesa.
Servir-se no bufê. O bufê, seja em um restaurante seja em uma receção, permite à pessoa
servir-se na mesma ordem dos pratos de uma refeição completa servida à
francesa (Os bufês têm as entradas, sopas, os comestíveis do primeiro prato e do prato
principal). Quem não se apercebe disto, enche o prato de comida misturando
todos os sabores, quando poderia ir ao bufê as vezes
necessárias para comer na ordem própria de uma refeição completa, cuja seqüência é a mais
apropriada à digestão, evitando também o exagero de um prato transbordante de
comida.
Remoção de resíduos. Está obviamente despreparada para comer em companhia de outras pessoas
aquela que mete o dedo na boca para limpar entre os dentes com a unha, limpa
o nariz no guardanapo ou a boca no forro da mesa, e comete outras
imprudências repulsivas à mesa. Não se pega indiscriminadamente com os dedos
nem se cospe no guardanapo partes não comestíveis do que foi levado à boca. A
regra geral é: do mesmo modo que se levou um alimento à boca, é retirada da
boca qualquer sobra dele que seja necessário remover. Se uma fruta é comida
com as mãos, sem uso de talher, então o caroço dessa fruta, ou qualquer parte
indesejável que tenha que ser retirada da boca, será apanhada com os dedos. O que se leva à boca com um
garfo (por exemplo, a carne), retira-se (por exemplo, um pedaço de nervo ou
de cartilagem) passando da boca ao garfo e deste a um canto do prato; se há o
que retirar da boca que foi levado com a colher, retira-se passando para a
colher. Em qualquer desses casos busca-se proteger o gesto fazendo-se concha
com a outra mão. A espinha de peixe é uma exceção: pode ser apanhada entre os
lábios com a mão. O caroço, a cartilagem, casca, etc., retirados da boca são
deixados em um canto do prato em que se come, e não no pratinho de pão, nem
no "sous-plat".Em
caso de necessitar remover algo preso aos dentes, espere a oportunidade de ir
até ao WC para cuidar disso. Não se palita os dentes à mesa, nem se sai do
restaurante com um palito nos lábios.
Acidentes de deglutição. Água, saliva, farinha, bebida alcoólica forte, fragmentos de comida, são
as mais frequentes causas de engasgo. A espinha de peixe é um problema
especial. Ela não é causa de engasgo, mas de lesões na deglutição. É preciso
assegurar-se de que a porção a ser levada à boca esteja livre de espinhas.
Justamente por isso a faca para peixe não é uma faca para cortar, mas para
separar. A reentrância do talher de peixe na forma de espátula, serve para separar com cuidado a carne das espinhas ou dos ossos. Uma espinha
de peixe pode inclusive ferir a boca e, como dito acima, pode ter que ser
retirada com os dedos. Se sentir necessidade, a pessoa deve ir ao banheiro
para cuidar mais à vontade do problema; basta pedir licença aos que estão próximos, levantar-se e sair (não é necessário dizer que vai ao
banheiro), e retornar tão rápido quanto possível. Ao levantar-se, deve deixar
o guardanapo sobre a mesa à direita do prato, e somente sair com o guardanapo
protegendo os lábios se isto se fizer irremediavelmente necessário. Se o caso
for mais sério, assim como também em casos de engasgo com risco de ficar
sufocada, a pessoa não deve hesitar em pedir socorro. O assunto é tratado com
mais detalhes na página Acidentes em recepções. Não se oferece ajuda especial a uma mulher que está
acompanhada, pois cabe ao seu acompanhante atendê-la e devotar-lhe atenção, salvo se
ele estiver impedido de fazê-lo.
Bebida alcóolica. O copo de coquetel ou drinques aperitivos não são levados para a mesa de refeição. Igualmente não se
solicita bebida destilada (whisky, cognac, etc.), nem bebidas alcoólicas doces
(licor, vinho do porto, etc.) como acompanhamento dos pratos principais. O acompanhamento
em um jantar formal sempre foi principalmente o vinho. Deve-se
beber apenas o que é oferecido como acompanhamento a cada estágio da
refeição, no momento oportuno. O anfitrião oferecerá bebidas destiladas
quando forem exigidas por pratos especiais (sakê, para comida
japonesa, cachaça para feijoada e churrascos gordurosos, etc.).
Vinho. Não se pede para o anfitrião mais vinho ; ele deve estar atento para que os copos
estejam servidos e não deixará que permaneçam vazios. Quando se
deseja mais vinho, esvazia-se o copo; quando não se quer mais, deixa-se um
pouco ao fundo. Não se solicita açúcar ou adoçante para colocar no vinho. Mas pode solicitar-se água ou mesmo servir-se dela o próprio comensal.
Não exagerar na bebida antes e durame a refeição.
Brindes e discursos. Uma pessoa educada é capaz de proferir palavras de saudação, brinde ou
discurso quando solicitada a fazê-lo em um almoço ou jantar, ou quando
percebe que é oportuno e esperado que tome tal iniciativa. O brinde por isso
é um tópico de Boas-maneiras à mesa, tanto quanto à postura para o gesto de
brindar como quanto ao modo de responder ao brinde. Ver algumas observações a
respeito Brindes e discursos.
Agradecimento. O convidado pode agradecer ao garçom quando é servido, mas não pode fazer
qualquer observação, nem mesmo elogiosa, diretamente a ele, ou lhe agradecer
pela comida saborosa,
porque isto é desconsideração para com o anfitrião ou a anfitriã. Tudo de prazeroso no encontro o convidado deve primeiro
agradecer a quem o convidou.
Após participar de um jantar ou festa a que foi convidado(a), envie no
dia seguinte uma mensagem de agradecimento ou telefone para comentar e
cumprimentar a anfitriã pelo que você puder elogiar do evento.
Sal e pimenta: Não coloque na comida sal, pimenta, óleo ou qualquer tempero que estiver
na galheta sobre a mesa, antes de prová-la. Após usar a galheta de óleo, sal
e pimenta, recoloque frente ao seu lugar, no meio da mesa.
Por favor, obrigado(a). Ter palavras gentis para as pessoas que o servem ou lhe dão alguma ajuda
à mesa é uma mostra de consideração indispensável. Deve-se agradecer ao
garçom que remove o prato usado ou a cada momento que serve a bebida ou um
novo prato. Empregue "por favor", ou
"por gentileza" antes do pedido para que alguém lhe passe a cesta
de pão, uma travessa de comida, a galheta, etc. e agradeça com atenção,
olhando a pessoa ao agradecer. Deve-se
agradecer ao garçom que serve a bebida ou um novo prato, e inclusive quando remove o prato usado.
Salvados. Não se pede para levar consigo um pouco do que sobrou de um jantar ou
almoço, ou um pratinho de doces, ou pedaço de bolo. Ter olhos para o que
possa sobrar de uma festa é mostra de muita necessidade econômica e, embora a
comparação possa parecer muito rude, é um papel de esmoler. As sobras de uma
festa, para que não haja desperdício, a anfitriã pode oferecer apenas a
parentes ou convidados muito íntimos, que sejam dos últimos a sairmos. São os
mesmos que ela poderia convidar para uma refeição no dia seguinte, com a
mesma finalidade.
Deixar a mesa. Ao final da refeição, aguarda-se que a anfitriã convide para deixar a
mesa. Ela poderá fazê-lo convidando para o café e licores no mesmo local onde
recebeu os convidados e de onde eles deverão se despedir e partir: a sala de estar.
Café Não se retira a colher de café do pires, se não está a ser usada. Jamais
se transfere o café ou chá da xícara para o pires para tomá-lo menos quente.
Higiene e discrição. Evita-se o mais possível tossir ou assoar o nariz
estando-se à mesa. Sendo algo inevitável, voltar-se para uma direção em que
não haja nenhuma pessoa, e lançar mão de um lenço em tempo de colher o
espirro. Mantêm-se
os lábios limpos, usando com frequência o guardanapo, principalmente antes de
levar aos lábios uma xícara ou um copo, a fim de não deixar marcas em suas
bordas. Não se toca
nos cabelos, ou se faz qualquer retoque de maquiagem à mesa, ainda que a
refeição esteja terminada. Qualquer procedimento referente a cuidados com a
roupa ou com a maquiagem deve ter lugar no banheiro. Nunca se remove de modo ostensivo qualquer coisa
imprópria encontrada no prato, como fios de cabelo, algum inseto, etc.
Coloca-se o objeto estranho debaixo da borda do prato. Se isto lhe tirar o
apetite, a pessoa engaja em alguma conversação que possa distrair a atenção
do seu gesto e, ao final, alega estar sem apetite e pede desculpas por deixar
boa parte da comida no prato Nunca
se usa o guardanapo para assoar o
nariz, ou enxugar a testa ou o rosto estando-se à mesa. Usa-se um lenço, se
essa providência se fizer muito necessária. Cabelos
presos para não caírem pontas sobre o rosto e o prato, unhas aparadas e limpas
e as mãos lavadas ao segurar os talheres para comer pouco batom para não
manchar os copos nem deixar marcas notórias no guardanapo, são cuidados que
se deve ter ao participar de uma refeição, ainda que seja informal ou da
rotina diária, e inclusive no lar.
Comida caída do prato. A pessoa que deixa cair um pouco de comida do seu prato sobre o forro da
mesa, deve recolher a porção caída com o mais apropriado de seus talheres e
colocá-la na margem do prato em que come. No caso de uma taça, colocar no
pratinho de serviço que a acompanha.
Vestimenta. A roupa que a pessoa está usando deve ser a apropriada para o evento de
que participa. Nunca se usa boné, chapéu ou camiseta sem mangas à mesa da
refeição. Mesmo em um quiosque na praia a pessoa que tem um mínimo de
consideração com seus amigos e amigas coloca uma blusa ou camisa leve para
uma refeição à mesa. O mesmo vale para a refeição com a família, no recesso
do lar.
Objetos sobre a toalha. O comensal nunca coloca o talher que usa, ou que usou, sobre a toalha da
mesa. Não coloca sobre a mesa seu telefone celular ou sua agenda, chave do
carro, etc.
Luvas. Nunca use
luvas à mesa, salvo por alguma razão particular especial.
Levantar-se. Para levantar-se da mesa antes do anfitrião ou anfitriã, é necessário se
desculpar, sem necessidade de dizer, p. ex., que necessita ir ao banheiro.
Ruídos. Não fazer barulho com a mastigação comendo de boca
aberta. Não brincar
com os talheres Soprar a sopa quente, ou tomar ruidosamente qualquer
líquido é reprovável. Se faz involuntariamente
qualquer ruído (tosse, regurgitamento, etc.), a
pessoa não precisa fazer mais que pedir desculpas aos seus vizinhos de mesa. Telefones celulares devem ser desligados
e religados somente após a pessoa deixar a mesa. Se precisa manter seu aparelho ligado, a pessoa deve, de
preferência, deixá-lo na bolsa ou sobre algum ponto suficientemente próximo
da mesa para que escute a chamada, ou tê-lo no bolso apenas com o sinal de
vibração ligado, e pedir desculpas e levantar-se quando precisar atendê-lo.
Retirar os pratos. Não se empilham pratos sujos na presença dos comensais, ao retira-los da mesa, após a refeição. Garçons têm
habilidade para levar vários deles de uma só vez, sem coloca-los diretamente uns sobre os
outros, mas um empregado da casa ou um familiar sem tal experiência deve
levar apenas um em cada mão.
Despedida. Em consideração aos anfitriões, despeça-se na hora oportuna, sem prolongar demasiado sua presença.
Permanecer muito tempo após o serviço de jantar, chá ou coquetel
obriga a anfitriã, certamente já cansada, a pensar em algo mais para
oferecer.
Rubem Queiroz Cobra
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