Hoje fui fazer uma visita à faustosa e imperial cidade romana, fundada no século II a.c., considerada a primeira estação arqueológica portuguesa.
Nesta cidade podemos deliciar o nosso olhar, sobre os vestígios de grandiosos e imponentes edifícios, tais como o Forum, as termas, o anfiteatro e algumas casa ricas, como a casa dos repuxos.
Ao visitar estas ruínas, é como que transportarmo-nos à vida dos antigos romanos, é o caminhar numa estrada de lajes de calcário de formas irregulares, é o olhar sobre as casas com seus pátios revestidos a mosaicos policromáticos com as divindades e personagens mitológicas gregas, para além das decorações geométricas ricamente coloridas e seus complexos labirintos.
Aqui podemos também observar como este povo tinha uma grande preocupação com a saúde e o descanso, pois possuiam umas termas onde existia uma piscina de água fria, a qual vinha através do aqueduto Augustano.
Também a casa dos repuxos, é pavimentada a mosaicos e apresenta vestígios de pintura mural. É aqui que nos podemos deliciar com o maravilhoso jardim e com os seus 500 repuxos, é só introduzir uma moeda de 50 cêntimos na ranhura da caixa e deixar que o sussurrar da água nos conte todos os segredos aí existentes.
Para completar este magnífico passeio a um passado tão remoto, fui fazer uma visitinha ao museu monográfico que fica mesmo em frente e, onde se pode apreciar uma colecção de objectos: moedas, bijutarias, peças de olaria, utensílios de medicina, alfaias agrícolas, louças, etc. que foram encontrados durante as escavações.
Estas ruínas representam o maior legado romano em Portugal e, que na minha opinião deveriam estar mais bem assinaladas, uma vez que durante todo o percurso, não existe uma única placa que nos forneça qualquer indicação ou informação que seja.
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