quinta-feira, 20 de junho de 2013

    NOVA LÍNGUA PORTUGUESA ....IMPERDIVEL!!!!!!

    Hoje não se fala português...linguareja-se!

    NOVA LÍNGUA PORTUGUESA...IMPERDÍVEL,
    ... Por Helena Sacadura Cabral.utilizada frequentemente em "ciências de educação" ...
    Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos 'afro-americanos',com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado! As criadas dos anos 70 passaram a 'empregadas domésticas' e preparam-se agora para receber a menção de 'auxiliares de apoio doméstico' .
    De igual modo, extinguiram-se nas escolas os 'contínuos' que passaram todos a 'auxiliares da acção educativa' e agora são 'assistentes operacionais'.
    Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por 'delegados de informação médica'.
    E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em 'técnicos de vendas'.
    O aborto eufemizou-se em 'interrupção voluntária da gravidez';
    Os gangs étnicos são 'grupos de jovens'
    Os operários fizeram-se de repente 'colaboradores';
    As fábricas, essas, vistas de dentro são 'unidades produtivas' e vistas da estranja são 'centros de decisão nacionais'.
    O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à 'iliteracia' galopante. Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes 'Conforto' e 'Turística'.
    A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.
    Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um 'comportamento disfuncional hiperactivo' Do mesmo modo, e para felicidade dos 'encarregados de educação' , os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, 'crianças de desenvolvimento instável'.
    Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado 'invisual'. (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o 'politicamente correcto' marimba-se para as regras gramaticais...)
    As p.... passaram a ser 'senhoras de alterne'.
    Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em 'implementações', 'posturas pró-activas', 'políticas fracturantes' e outros barbarismos da linguagem. E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico.
    Estamos "tramados" com este 'novo português'; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma 'politicamente correcta'.

    Helena Sacadura Cabral

1 comentário:

Anónimo disse...

A Helena Sacadura Cabral não se devia queixar tanto porque o seu filhinho deixou de ser paneleiro e passou a ser homosexual.