segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vários cientistas e artistas do século passado, dedicaram-se à procura da harmonia cromática. Desta forma, surgiram os primeiros sistemas (teorias da cor) de Goethe e Newton. Os seus sistemas compunham-se por figuras bidimensionais (circulares ou poligonais) e formavam-se através de cores puras e suas misturas.
Mais tarde, chegaram à conclusão que a representação das cores deveria ser tridimensional.
Assim surge o Sistema de Chevreul, onde para além das cores puras e suas matrizes, também se aplica a utilização de um eixo vertical que indica o brilho e a saturação da cor. Este sistema é constituído por um hemisfério que está rodeado pelas cores puras e as que resultam das suas misturas, e estas vão clareando até ao branco que se situa no centro do mesmo.
 


Outro exemplo é o sistema Esférico, de Otto Runge, que pretende descrever e encontrar harmonias cromáticas. Aqui, as cores puras e suas misturas situam-se no equador da esfera, e enquanto se aproximam do centro, pendem para a cor cinzento médio. Assim, as cores tornam-se escuras em direcção ao pólo inferior até atingir o preto, e tornam-se claras , até ao pólo superior, atingindo o branco. No interior da esfera verificam-se as variadas sucessões de cores e possíveis combinações entre cores puras, branco e preto.
Estes são alguns exemplos de teorias desenvolvidas sobre a cor e a forma como a organização da mesma poderia ser racionalizada, no entanto existem  muitas obras de arte que surgiram sem se comandarem por elas. Esta postura de vários artistas, vem contradizer o principio destes sistemas, pois claramente indica que a harmonia entre as cores não tem que ser necessariamente objectiva e que elementos subjectivos de quem está a criar, como a sensibilidade a memória cromática do indivíduo, entre outros, condiciona igualmente a harmonia entre as cores.
Paralelamente, não pode ser esquecido a forma como a cor surge ao olho humano e ainda a interferência que a luminosidade poderá ter sobre a mesm



Composição do Olho Humano



O olho humano é uma esfera com cerca de 2,5 cm de diâmetro e 7 g de peso. É constituído pela Íris e pela retina, no entanto a retina é a parte fundamental que permite a sensação das cores. Como é de salientar, a luz tem uma interferência directa na forma como vemos as coisas e obviamente as suas cores.
No olho humano, a luz atravessa, em primeiro lugar, a córnea, passa pela íris, que é a responsável por regular a quantidade de luz que está a ser recebida, através da pupila (conhecida como menina dos olhos). Seguidamente é focada pelo cristalino e projectada na retina. Esta última, por sua vez, é composta pelos Bastonetes (visão escotópica) e pelos cones (visão fotópica). Tanto os cones como os bastonetes estão  distribuídos de forma diferente pela retina.



Os cones e os bastonetes, não são mais do que as células fotorreceptoras, que compõem a retina, sendo que as primeiras são as responsáveis pela visão das cores, nomeadamente do azul, vermelho e verde.
O que acontece é que existem grupos de cones que apenas distinguem o azul, outros o vermelho e outros o verde, e é através da interacção entre estes diferentes grupos de cones que, o ser humano consegue distinguir toda a vasta série de cores que, ao nossos olhos, existem.
De salientar que, a falta de um destes grupos de cones leva à tão conhecida doença de Daltonismo.
Os bastonetes não conseguem distinguir as cores e como requerem pouca luminosidade, têm maior acção à noite.







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