sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Assistir às novelas é bom ou ruim?



Na vida há coisas que são intrinsecamente más; outras coisas são sempre boas; e, fi nalmente,existem coisas que não são, em si mesmas, nem boas nem ruins: são simplesmente coisas, situações ou circunstâncias. É precisamente neste último grupo que podemos incluir a televisão e o que ela nos apresenta: seriados, novelas, programas etc.

Deus é o nosso fim último e nele se encontra a nossa perfeição. Assim, uma coisa será boa se

 aproxima você de Deus, e será ruim se o afasta dele. Este é o critério mais simples e eficaz para discernir.

As novelas e seriados podem ser considerados ruins na medida em que forem o começo

 de mudanças negativas de comportamento individual e coletivo.

É preciso dedicar uma atenção especial às repercussões dos programas, sobretudo

 nas crianças e adolescentes, nos casos em que a consciência for manipulada. A falta de maturidade pode levar as novelas a distorcer a visão da realidade e aumentar os níveis de estresse, prejudicando a saúde mental e emocional.

Mas a "maldade" das novelas não está nas novelas em si, nem nos produtores ou atores. 

Eles simplesmente trabalham. Levar uma novela à televisão não é mau em si, como tão 
pouco há maldade ou má intenção na criação de uma novela, em geral.

As novelas são boas na medida em que geram empregos, permitem o desenvolvimento

 na carreira dos envolvidos, promovem o talento dos atores, divertem o público etc.

Mas então qual é o lado negativo das novelas, seriados e filmes?
– As crianças e adolescentes tendem a imitar o que veem nas novelas, normalmente mais

 carregadas de valores negativos que positivos; e concebem as novelas como ações normais
 da vida diária.

– A violência vista na televisão pode levar a desenvolver comportamentos agressivos. 

As novelas podem mostrar a violência como única forma de solucionar problemas, promovendo o ódio, e não a importância do perdão.

– As novelas costumam banalizar o sexo e fazer do seu mau uso uma moda. Podem incentivar a 

promiscuidade sexual, a prostituição e a gravidez indesejada. O adultério também costuma ser 
mostrado como algo comum e normal.

– Em certos casos, há um incentivo à bruxaria, ocultismo, dinheiro fácil, corrupção. Promove-se a ideia de que o fim justifica os meios.


– Também é frequente facilitar o uso, nas famílias (e, consequentemente, na sociedade) de

 um mau vocabulário e da falta de respeito.

– Em muitos casos, a televisão leva a paralisar as atividades cotidianas, promovendo a perda

 de tempo e a evasão da realidade.

– Os cenários costumam ser repletos de luxo, comodidade, dinheiro, e isso pode levar o telespectador a sentir-se frustrado por não ter alcançado este "ideal" da vida.


– Ao se comparar com o que vê na televisão, as pessoas podem crescer em insegurança pessoal e criar uma imagem distorcida de si mesmas.


– Também podem facilitar a perda do critério pessoal, da personalidade, quando se imitam os personagens, nomes e estilos de vida.


– Os roteiros e tramas costumam conter erros de coerência e se chega a cair no ilusório e até no ridículo.
Se alguém se sentiu negativamente impactado pelas novelas em algum momento da vida ou

 de alguma maneira, tampouco tem de colocar a culpa na novela em si, porque provavelmente o que lhe faltou foi maturidade ao receber seu conteúdo.

Para concluir, cabe recordar o critério mencionado no início para ajudar a determinar se algo é bom (quando nos aproxima de Deus) ou ruim (quando nos afasta de Deus), o que se aplica a muitas realidades da vida – também às novelas e demais programas de televisão.


Mas de vez em quando eu gosto de ver uma telenovela!



Sem comentários: