Quando nascemos, trazemos as mãozinhas fechadas e vazias, tal como entramos numa casa nova pela primeira vez e esta se encontra vazia mas, quando morremos fazemo-lo de mãos abertas e também vazias.
O possuir coisas não é a nossa missão na terra, isto é uma lei universal. O apego é sinónimo de propriedade e, isso é pura ilusão.
Se analisarmos bem e com objectividade qualquer coisa da qual nos sentimos donos, apercebemo-nos que apenas as possuímos por algum tempo, ou seja, construímos uma casa, fazemos uso dela, mas ela não depende do acto físico da nossa presença mas, apenas de um consenso de noçõesda nossa relação com esse bem específico.
Se eventualmente formos viver para outro país e dermos a nossa casa a outra pessoa, nada de físico ou tangível muda, a outra pessoa será apenas o novo proprietário mas não sabe por quanto tempo.
Portanto conclui-se que a posse é temporária. O ser humano tem desejo de possuir algo, o que faz com que nunca se sinta satisfeito - se obtem uma coisa, quer logo outra de imediato e quando perde algo que possui, sofre.
Nada é nosso, nem nossos filhos são nossos, são apenas presentes que o universo em que vivemos nos oferece para cumprir-mos a missão de os criar.
Quem consegue despegar-se das coisas é muito mais feliz e tem uma maior paz de espírito, pois essa é a única forma de deixarmos de ter medo de perder e desejo de possuir. Assim, ao deixar-mos de correr atrás das coisas, passamos a viver conectadpos com a nossa essência.
O ser humano é de facto muito complexo !!!
Sem comentários:
Enviar um comentário