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quarta-feira, 19 de julho de 2023

 Os dois marretas foram ao Santoínho

Fomos  ao arraial minhoto do Santoínho e fomos bailar toda a noite, mas antes fizemos uma visita à Igreja Barroca do Bom Jesus de Matosinhos, porque a cultura também faz parte dos nossos passeios.

Esta igreja também é conhecida por Igreja Matriz de Matosinhos ou Igreja do Salvador e é um lugar de romaria e festas em honra do Senhor de Matosinhos. Foi fundada no séc. XVI e apresenta uma fachada de granito.

No seu interior podemos observar três naves separadas por cinco arcos quinhentistas de volta perfeita. As capelas laterais apresentam retábulos barrocos em talha dourada e a estrutura é de madeira e mármore com lavores, acolhendo a imagem do Bom Jesus de Matosinhos.


O retábulo-mor é em talha dourada

Arraial Minhoto

A quinta do Santoínho começou por estar ligada ao negócio de transportes, os quais correram mal e a casa foi à falência. Anos mais tarde um dos filhos retomou o negócio, mas desta vez na área dos autocarros, pelo que começaram a fazer excursões de turismo, dando origem à Agência de Viagens Irmãos Cunha (AVIC), a qual foi a primeira do país a transportar ingleses e holandeses. 
O negócio ía de vento em pôpa e ele entendeu que para além das belas praias e do luminoso sol, era necessário algo mais que servisse de distração aos turistas e, decidiu abrir a primeira boite em Viana do Castelo, passando a inaugurar cruzeiros fluviais e também criando os primeiros restaurantes típicos regionais. Mas eram os usos e costumes do povo a principal atração turística.
E foi assim que surgiu a ideia do Santoínho. Pois aqui, se revive a vida tradicional do campo com as suas músicas e dançares, sempre acompanhado com a bela sardinha assada na boroa, as fêveras grelhadas na brasa e o frango assado. Tudo isto bem regado com o vinho verde da região e o tão conhecido champorreão. Ainda para dar um ar mais composto, não pode deixar de haver o tão aconchegante e tradicinal caldo verde. 
Mas nada como umas fotos que por si só falam...

A cada arraial são consumidas cerca de 12 mil sardinhas, mil frangos, fêveras de 40 porcos, 600 Kg de broa e 2.500 l itros de vinho tinto e branco. São necessárias 30 mil peças de louça e 10 mil guardanapos de papel.





Toda a decoração é pensada ao pormenor, são as bandeirolas coloridas que se encontram por todo o espaço, exposições de lindas peças assim como utensílios e ferramentas que contam toda uma história do mundo rural minhoto.
 

Se ainda não conhece, ponha pés ao caminho e divirta-se neste arraial minhoto!



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