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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

 Por que se come peru no Natal? E o bacalhau, por que se tornou tradição?

Com o aproximar do Natal, as notícias interessantes também vão chegando


Antigamente as praças de Lisboa enchiam se de bandos de perus que chegavam à cidade. Os vendedores, usando canas com mais de um metro e meio de comprimento, mantinham as aves todas juntas, enquanto caminhavam pelas ruas da capital.
O peru é sem dúvida, a tradição de Natal mais antiga da consoada. Uma tradição que, segundo os historiadores, terá começado ainda antes, no século XVI, altura em que esta ave exótica chegou a Portugal vinda das Américas, na época dos Descobrimentos, através dos castelhanos. Tudo começou, por esta ave ser vista pela nobreza com um «sinal de poder» e «de ostentação», passando a usá-la em todos os banquetes e festas, incluindo o Natal. «Inicialmente era a refeição festiva do clero, da nobreza e da alta burguesia por ser uma ave de grande aparato. O peru entrou na consoada através da mesa dos ricos.
O peru só era consumido depois da Missa do Galo. A Igreja impunha jejum de carnes nos dias antes do Natal. Foi a necessidade de respeitar as regras católicas que transformou o bacalhau num dos pratos principais desta festa cristã. O jantar do dia 24 era a última do período de jejum. Comia-se peixe, à meia-noite ia-se à Missa do Galo e depois regressava-se a casa para celebrar com carne e doces. Foi assim, que se fixou a tradição do bacalhau na noite de consoada. Uma tradição que começou no Minho, onde o bacalhau chegava primeiro.
Fonte: Noticias Magazine
Imagem: NET

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